Lula pediu para que Cid se filie ao PT, diz Camilo: “as portas estão abertas”

 


O ministro da Educação, Camilo Santana (PT), disse que o presidente Lula (PT) autorizou que seja feito o convite oficial para que o senador Cid Gomes se filie ao PT. Cid vive imbróglio judicial com a ala de seu irmão, Ciro Gomes, do PDT estadual. O senador é algo de uma representação no conselho de ética do partido, que pede sua expulsão. A fala de Camilo foi feita à imprensa durante visita à Escola de Gastronomia e Hotelaria do Ceará, em Fortaleza, nesta sexta-feira (17).

“Estive com o presidente Lula nesta semana e ele me pediu para fazer o convite ao Cid. As portas do Partido dos Trabalhadores estão abertas caso ele queira se filiar ao PT”, disse. Segundo ele, até então, o convite não havia sido feito até o momento. “Vai saber pela imprensa”, brincou o ministro, aliado do senador Cid Gomes.

Na última terça-feira (14), o Diretório do PDT Ceará, ainda sob comando de Cid, se reuniu para discutir os rumos partidários, prováveis desfiliações e destino dos nomes que tentam deixar a legenda. Após o encontro, 43 prefeitos ligados ao senador disseram que deixarão a sigla. O anúncio foi feito pelo secretário do Desenvolvimento Econômico do Estado, Salmito Filho, após encontro com lideranças pedetistas. O destino ainda não foi definido. É provável, no entanto, que os quadros sigam para agremiações distintas.

Em 2020, o PDT elegeu 67 prefeitos, mas foi perdendo nomes ao longo dos anos. Com a maioria aliada a Cid, a expectativa é de que eles estejam dispostos a acompanhar o senador, caso ele vá para outro partido.

CID E DESGASTE NO PDT

O PDT vive uma crise interna após as eleições de 2022, quando o grupo de Ciro Gomes apoiou o nome de Roberto Cláudio para a disputa ao Governo do Estado, enquanto Cid se manteve ausente do debate no primeiro turno e apoiou Elmano no segundo. Neste ano, após acordo com o presidente interino da Executiva nacional, André Figueiredo, Cid assumiu o controle estadual da sigla, mas o embate com André voltou a ficar latente após intervenções do diretório nacional no estadual. O principal ponto de dissidência é a defesa de Cid à aliança com o Governo do Estado e cartas de anuência dadas a membros do PDT – como de Evandro Leitão.

Recentemente, o senador classificou o imbróglio como “novela mexicana”. “Tanto menos eu tento me dissociar dessa função de ator coadjuvante dessa ‘novela mexicana’ que já se transformou essa coisa do PDT, mais vocês me questionam sobre isso. Vamos falar sobre hidrogênio verde, vamos falar sobre pontos climáticos. Eu sou coadjuvante”, disse, ao ser questionado.


Opniao CE

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