Enquanto avalia sua saída do PDT, o senador Cid Gomes, do Ceará, poderá seguir à frente do diretório do partido no estado.
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, negou a ação do diretório nacional do PDT que buscava restabelecer a intervenção no diretório cearense e tirar Cid Gomes do comando. A medida havia sido aprovada pela executiva do PDT em 27 de outubro e foi suspensa pela Justiça do Ceará em 10 de novembro.
O despacho de Toffoli, publicado na sexta-feira (24/11), manteve a decisão do juiz Cid Peixoto do Amaral de barrar a intervenção no PDT cearense. O ministro considerou, ao contrário do alegado pelo PDT, que a ordem de Peixoto não violou um entendimento do STF a respeito da autonomia partidária.
Dias Toffoli também anotou que o partido pode buscar reverter a decisão por meio dos recursos cabíveis, e não através de uma reclamação ao Supremo, como fez o PDT. A ação havia sido protocolada no STF pelo presidente em exercício do partido, o deputado cearense André Figueiredo, aliado do ex-ministro Ciro Gomes.
Os grupos encabeçados pelos irmãos Gomes estão em conflito aberto no PDT do Ceará. As diferenças se dão sobretudo quanto ao posicionamento do partido em relação ao governo estadual, do petista Elmano de Freitas, e às eleições municipais de 2024. Cid defende aliança com Freitas e com o PT nas eleições. Ciro e seu grupo resistem.
Apesar da vitória no STF, Cid Gomes e seu grupo político devem deixar o PDT e avaliam destinos partidários. Entre as opções, estão PT e PSB.
Roberto Moreira