As eleições municipais de 2024 acontecerão, em primeiro turno, dia 6 de outubro, mas os atores e grupos políticos que desejam disputar a sucessão na Prefeitura de Fortaleza já começam a se posicionar no tabuleiro eleitoral. Na Capital cearense, no momento, conta com ao menos nove nomes colocados à disposição para concorrerem ao Paço Municipal.
Entre os pré-candidatos estão: o atual prefeito, José Sarto (PDT) que pode concorrer à reeleição; o senador Eduardo Girão (NOVO), o deputado federal André Fernandes (PL); e o secretário da Saúde do município de Maracanaú, ex-deputado federal Capitão Wagner (União Brasil).
Nomes petistas
O Partido dos Trabalhadores – PT é a agremiação com mais pretendentes à disposição da legenda: a deputada federal e ex-prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins; os deputados estaduais Larissa Gaspar e Guilherme Sampaio, e o assessor de Assuntos Municipais do Governo do Ceará, ex-deputado Artur Bruno.
Fala-se também no nome do presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), Evandro Leitão, que decidiu deixar o PDT e se filiar ao Partido dos Trabalhadores.
O movimento mais recente nesse tabuleiro eleitoral que se desenha para o próximo ano é a entrada do presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), Evandro Leitão, que decidiu deixar o PDT e se filiar ao Partido dos Trabalhadores. O deputado já declarou publicamente estar à disposição para disputar a Prefeitura de Fortaleza pelo seu grupo político liderado pelo ministro da Educação, Camilo Santana (PT), e pelo governador Elmano de Freitas (PT).
“Eu estou em paz comigo. São etapas na vida que nós temos que cumprir e agora uma nova etapa da minha vida”, afirmou o político sobre a filiação. “O PT marchará unido, junto, para a disputa eleitoral do próximo ano, eu não tenho nem dúvida disso, independente de nomes”, ressaltou o presidente da Alece essa semana.
Após o anúncio da filiação de Evandro, a deputada federal Luzianne Lins divulgou uma série de vídeos com mensagens de apoios à sua pré-candidatura, que vão desde companheiros de bancada na Câmara dos Deputados a ex-gestores e pré-candidatas da sigla nas capitais brasileiras.
O deputado Guilherme Sampaio, que preside o PT de Fortaleza, destacou que o grupo petista deve “exercitar o bom diálogo” e “fazer uma análise mais refinada da conjuntura” para o processo de escolha do pré-candidato. “A nossa tática (eleitoral) inclui construir a unidade dos partidos da Federação (PT, PCdoB e PV) e dos partidos da base aliada do governador Elmano”, pontuou.
Deputado De Assis Diniz pondera que no PT/Ceará não há nenhum político com status de candidato natural. “Nós não temos uma candidatura natural, até mesmo porque esta eleição será uma eleição ímpar, porque pela primeira vez nós teremos um alinhamento com o Governo Federal e Governo do Estado. Nunca tivemos isso”, apontou.
O prefeito José Sarto (PDT) já admitiu o desejo de disputar um novo mandato. O chefe do Executivo municipal tem apoio de nomes como o ex-ministro Ciro Gomes; o deputado federal e presidente nacional em exercício da sigla, André Figueiredo; do ex-prefeito da Fortaleza e presidente municipal do PDT, Roberto Cláudio, além da maioria dos vereadores de Fortaleza e dos deputados estaduais Cláudio Pinho, Antônio Henrique e Queiroz Filho (PDT).
Convenções
O Psol, que na eleição de 2020 teve o deputado estadual Renato Roseno como candidato à Prefeitura, deixou para o próximo ano a decisão sobre o assunto.
É válido lembrar que as eleições em Fortaleza podem ocorrer em dois turnos. A escolha oficial dos candidatos acontecerá nas convenções partidárias, marcadas para o período entre 20 de julho a 5 de agosto do próximo ano.
Segmento dos partidos conservadores tem três pré-candidaturas lançadas
O atual secretário da Saúde de Maracanaú, ex-deputado federal Capitão Wagner (União Brasil), se coloca à disposição para disputar, pela terceira vez, o Paço Municipal de Fortaleza. Ele concorreu contra Roberto Cláudio (PDT), em 2016; e contra José Sarto (PDT), em 2020. Os candidatos pedetistas saíram vencedores. Capitão tem promovido, semanalmente, encontros e atos de filiação ao União Brasil pelos bairros.
O secretário falou no último evento da legenda que é o único pré-candidato “sem padrinho”, ressaltando que os demais nomes colocados à disposição têm apoio de políticos como o ex-presidente Bolsonaro (PL), ou ministro da Educação, Camilo Santana (PT), e ou o ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT).
Wagner, no entanto, terá a concorrência de mais dois nomes dentro de sua área de atuação ideológica. É o caso do senador Eduardo Girão, que anunciou sua pré-candidatura ao lado de lideranças nacionais do NOVO. “Vendo a situação do povo de Fortaleza, eu não ia conseguir colocar a cabeça no travesseiro e dormir se não colocasse meu nome à disposição”, disse no encontro estadual.
O Partido Liberal – PL oficializou o nome do deputado federal André Fernandes como pré-candidato, que faz questão de enfatizar: “Sou o candidato do Bolsonaro”. André disputava a indicação com o deputado estadual Carmelo Neto, que foi designado presidente da legenda no Estado após a desistência do prefeito do Eusébio, Acilon Gonçalves, do cargo.