Com Bolsonaro inelegível, aliados buscam um nome para substituí-lo na próxima disputa presidencial
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), afirmou que pretende se lançar como candidato à eleição de 2026, pela Presidência, preferencialmente com apoio de Jair Bolsonaro (PL). Averso à ideia de que seu partido, o União Brasil, permaneça com Lula na próxima disputa, ele tenta se cacifar para ter o apoio do ex-presidente.
Em entrevista para o jornal O Globo, Caiado diz que não pode negar “a importância do apoio dele [Bolsonaro] na campanha”, falando sobre uma eventual candidatura à Presidência. “Tabalharei, sim, para ter o apoio dele à minha candidatura. Acho que nenhum martelo está batido, ainda estamos em um processo de avaliar gestões e os cenários possíveis até 2026”, completa.
Ele ainda reitera que o União Brasil tem uma visão conservadora – o partido é resultado da fusão entre DEM e PSL, esta última sendo a sigla pela qual Bolsonaro se elegeu ainda em 2018. O União Brasil, no entanto, integra o ministério do governo Lula, que buscou a legenda em busca de mais apoio no Congresso. A adesão do partido às pautas do governo no Legislativo, porém, vem sendo apenas parcial e com ressalvas.
Bolsonaro foi declarado inelegível após decisão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de modo que alas bolsonaristas trabalham para encontrar o melhor substituto para a disputa eleitoral de 2026, que deve contar com a presença de Lula, tentando reeleição. A maioria dos cenários eleitorais avaliados pelos institutos de pesquisa, até o momento, indica como preferido para o posto o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que foi ministro de Bolsonaro e teve apoio do ex-presidente na disputa estadual.
Caiado, após ser reeleito em Goiás em 2022, declarou publicamente apoio a Bolsonaro no segundo turno da disputa daquele ano, contra Lula. Na ocasião, ele se juntou a outros governadores eleitos em primeiro turno que anunciaram apoio ao presidente, como Ibaneis Rocha (MDB), reeleito no Distrito Federal; Ratinho Júnior (PSD), no Paraná; Romeu Zema (Novo), em Minas Gerais; e Cláudio Castro (PL), no Rio de Janeiro.