Fortaleza, Cascavel, Trairi, Icapuí e Cruz foram as cinco cidades que foram mais afetadas com os furtos de cabos de energia
Durante o ano de 2023, 237 quilômetros de cabos de energia foram furtados da rede elétrica da Enel no Ceará. A quantia é equivalente à distância entre Fortaleza e Mossoró, município do Rio Grande do Norte, próximo à divisa com o Ceará. Além dos riscos para quem comete o crime, o furto de cabos prejudica a população, pois afeta diretamente o fornecimento de energia. As cinco cidades mais afetadas no ano são litorâneas: Fortaleza, Cascavel, Trairi, Icapuí e Cruz.
Os casos se concentraram, principalmente, entre os meses de setembro e dezembro, quando a fornecedora de energia para o Estado passou a registrar um aumento exponencial do tipo de crime.
Como forma de combate às ações de furto, a Enel, com apoio dos órgãos de segurança do Ceará, tem intensificado os trabalhos de investigação e de inspeção em campo, realizando visitas a sucatas em todo o Estado. Um reflexo dessa ação conjunta foi o aumento de cerca de 150% no número de prisões no Ceará entre 2022 e 2023. Ao todo, 22 pessoas foram presas em 2023 por furto ou por receptação de material furtado. Já em 2024, nos primeiros 15 dias do ano, foram registradas duas prisões por este tipo de crime no Estado.
Somando-se às ações investigativas, a distribuidora também tem adotado como prática a substituição de cabos de cobre por cabos de alumínio ou aço cobreado em áreas onde há grande incidência de furto. Além disso, a empresa passou a adotar esses modelos de cabo em novos projetos, como obras de extensão de rede, com o objetivo de diminuir as ações de furto.
No último mês de setembro, o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), anunciou que a Prefeitura gasta, em média, meio milhão por mês para repor os fios roubados. Em transmissão ao vivo, à época, o gestor falou sobre o assunto. “Mais de 90% dos casos de semáforos sem funcionamento são devidos a roubos, e isso é crime. A Prefeitura gasta R$ 500 mil por mês para repor esses fios. Ou seja, a cada ano, a gente perde um Cuca, que para construir custa R$ 6 milhões. Isso é caso de polícia”, destacou. Ainda conforme o pedetista, foi implantada uma força-tarefa entre Guarda Municipal, equipes de videomonitoramento e Agência de Fiscalização de Fortaleza (Agefis) para coibir o roubo de fios e cabos na capital cearense.
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