Equador decreta estado de guerra contra facções

 Na terça-feira (9), Noboa assinou um novo decreto reconhecendo que o país enfrenta um “conflito armado interno”



O presidente do Equador, Daniel Noboa, anunciou nessa quarta-feira (10) que o país se encontra em um “estado de guerra” contra as facções no país. 

As cidades equatorianas enfrentam um dia atípico, marcado pela suspensão de aulas, pouco trânsito, ruas desertas e comércio fechado.

Em uma declaração transmitida por rádio, Noboa destacou que seria do interesse dos criminosos que o governo classificasse as 22 facções atuantes no país como organizações criminosas, não como terroristas. Ao serem categorizados como terroristas, os criminosos tornam-se alvos das forças militares, explicou o presidente.

Na terça-feira (9), Noboa assinou um novo decreto reconhecendo que o país enfrenta um “conflito armado interno”. O documento lista 22 organizações criminosas como terroristas e ordena às Forças Armadas a execução de operações “para neutralizar” esses grupos.

Entre as facções citadas está o grupo Choneros, cujo líder, conhecido como Fito, escapou da prisão no domingo (7), desencadeando uma crise de violência. Explosões de carros-bomba e outros atos aparentemente coordenados, além do sequestro de quatro policiais, foram relatados na madrugada de terça-feira.

As ações ocorreram após Noboa, que enfrenta sua primeira crise desde que assumiu a Presidência em novembro, decretar um estado de exceção de 60 dias em todo o país, incluindo um toque de recolher de seis horas, das 23h às 5h.

As principais cidades equatorianas viveram dias incomuns, com a suspensão das aulas presenciais e interrupção de consultas na rede pública de saúde. As ruas desertas em Quito e Guayaquil refletiram o clima de tensão, com o tráfego de carros significativamente reduzido e lojas fechadas.

O ataque à sede do canal TC Televisión em Guayaquil na terça-feira (9) aumentou o pânico entre a população, levando as pessoas a procurarem refúgio em suas casas diante da crise de segurança em curso. A situação permanece fluida, com as autoridades buscando soluções para conter a violência e restaurar a ordem

GC Mais


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