Uma em cada três cidades brasileiras tem mais motos registradas do que qualquer outro tipo de veículo motorizado. Segundo dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) de setembro de 2023:
- Em 1.903 cidades, a moto é o veículo mais registrado.
- Em 3.665, o carro fica no topo da lista.
- Em apenas uma, Carmésia (MG), o ônibus lidera. A distorção é decorrente da existência de uma empresa de viagem de ônibus no local, o que aumenta o número de registros de emplacamento desse tipo de veículo por lá.
Além de carros e motos, os dados da Senatran consideram também caminhonetes, caminhões e outros tipos de veículos.
As motos são ainda mais populares no Norte do país. Na região, 8 em cada 10 cidades têm mais motos registradas do que carros ou qualquer outro veículo. No Nordeste, 7 em cada 10 motos.
A quantidade de motos aumentou mais de 5 vezes nos últimos 20 anos. A de carros também subiu, mas menos (quase 3 vezes).
Com isso, a proporção de motos no total da frota brasileira saltou de 16% para 27%.
Em 1.903 cidades (ou 1 em cada 3), a frota de motos já é superior à de carros, segundo dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran).
No Norte, 8 em cada 10 cidades têm mais motos que carros; no Nordeste, 7 em cada 10%.
Especialistas apontam atribuem cenário atual a aumento da renda, encarecimento dos carros e crescimento de aplicativos de entrega.
Explosão de motos desde 2003
O número de motos registradas no Brasil cresceu mais de 5 vezes nos últimos 20 anos: de 5,7 milhões de veículos em 2003, saltou para 21,9 milhões em 2013 e para 32,3 milhões em 2023 (até setembro).
A quantidade de carros também subiu, mas em um ritmo menor. De 26,6 milhões para 76,3 milhões – quase triplicou, portanto.
Essa diferença fez com que as motos passassem de 16% da frota de veículos automotores (em 2003) para quase 28% (em 2023).
Em números absolutos, porém, o Brasil continua a ter mais carros do que motos: 64% da frota brasileira ainda é de quatro rodas.
Com a orientação de especialistas, o g1 considerou como “carros” os veículos que estavam registrados no banco de dados como “Automóvel”, “Caminhonete”, “Caminhoneta” e “Utilitário”.
Os registros “Motocicleta”, “Motoneta”, “Ciclomotor” e “Triciclo” foram considerados como “motos”.
g1