Queima de fogos e publicações nas redes sociais no último fim de semana apontam que integrantes de facção cearense teriam passado a pertencer ao novo grupo
A tentativa de uma nova facção criminosa, de origem carioca, de estabelecer no Ceará é analisada pelos órgãos de inteligência do Estado. “Está sendo analisado tanto pelas inteligências da Polícia Civil, da Polícia Militar e da própria Secretaria (de Segurança Pública e Defesa Social — SSPDS), se realmente procede isso”, afirmou em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira, 8, o secretário Samuel Elânio.
Elânio ainda destacou que a nova facção não tem nenhum envolvimento com a ação criminosa que deixou dois mortos e 15 feridos na noite desse domingo, 7, no Morro Santiago, localizado na Barra do Ceará.
Os relatos de que o Terceiro Comando Puro (TCP) estaria passando a agir no Estado surgiram durante o último fim de semana. Em redes sociais, foram publicados vídeos mostrando queimas de fogos que anunciariam a chegada da facção, assim como foram publicados em redes sociais uma música e um “salve” supostamente assinado pelo grupo.
Conforme as publicações, criminosos então ligados à facção Guardiões do Estado (GDE) deixaram a organização e passaram a integrar o TCP. Faccionados de alguns municípios do Interior teriam aderido ao grupo.
Criminosos já haviam tentado constituir a facção carioca em 2022. À época, conforme órgãos de segurança, um grupo também ligado à GDE “rasgou a camisa da facção” para integrar o TCP.
Essa mudança teria provocado a chacina que deixou quatro mortos em 18 de fevereiro daquele ano na comunidade do Lagamar, localizada no bairro São João do Tauape.
O Povo