O casal de dentistas Francisco Jonhnatan Alves e Silva e Savana Oliveira, suspeitos de terem ordenado o ataque à empresária Laísa do Nascimento, em Juazeiro do Norte, foram presos nesta segunda-feira (15). Eles eram, até o momento, os únicos entre os cinco suspeitos do crime que ainda não haviam sido capturados pela polícia. Populares que estavam no local proferiram xingamentos contra os dois presos que se mantiveram com a cabisbaixos durante a prisão.
Na última sexta-feira (12), Laísa foi esfaqueada dentro da própria loja por dois homens, que fingiram ser clientes. A ação foi flagrada pela câmera de segurança do estabelecimento. Desde então, foram capturados os dois executores, além de um intermediário entre eles e os dois dentistas, mandantes da ação. Esse intermediário, no entanto, foi liberado após audiência de custódia.
Os dois executores foram identificados como o tatuador Marcelo Barbosa de Almeida, de 25 anos, residente em Caririaçu, que se entregou à polícia na noite do sábado (13); e José Pedro das Chagas, que aparece esfaqueando a vítima, preso no domingo (14).
Já Carlos Alberto Evangelista, de 42 anos, conhecido também como “Alemão”, seria o intermediário entre os mandantes do crime e os dois exeutores. Alemão reside em Juazeiro do Norte e já responde por tráfico de drogas.
Dentistas presos
O casal de dentistas, preso nesta segunda-feira, teria encomendado a ação criminosa por uma dívida trabalhista com Laísa, conforme o advogado da vítima. Ela trabalhava na clínica odontológica que é de propriedade de Francisco Jonhnatan e ganhou uma causa trabalhista contra a empresa, no valor de R$ 10 mil. Os dois teriam pago cerca de R$ 5 mil para que o crime fosse executado.
Estado de saúde
Laísa do Nascimento tem tido melhoras graduais no estado de saúde e já consegue se comunicar com a família, com a equipe médica tendo diminuído o nível de sedação. A informação foi divulgada pelo cunhado da mulher, que é também sócio de sua empresa.
Mauro, ao se pronunciar nas redes, conta que a família tem acesso a informações do Hospital Regional do Cariri (HRC) – onde ela está internada – a cada duas ou três horas e que Laísa já tem algum nível de consciência. “Abre o olho, se comunica conosco através de gestos faciais, movimentos de cabeça e com as mãos. Já consegue dar tchau, acena, tem movimentos de tentar sorrir…”
Segundo ele, a mulher ainda está bastante ansiosa e preocupada, tanto pela sua segurança quanto pelo estado de saúde, ainda considerado grave. Ela segue entubada, recebendo atenção na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital. Ele ainda não sabe dizer, no entanto, sobre sequelas futuras. “Confiamos em Deus para que não tenha sequelas. Vamos continuar na confiança para que essa esperança chegue até ela”, pontua.
GC Mais