O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, teve seu cargo devolvido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, nesta quinta-feira, 4. A Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Advocacia-Geral da União (AGU) enviaram manifestações ao STF defendendo a volta de Rodrigues à presidência da entidade esportiva. O caso teve início quando o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) solicitou a anulação de uma assembleia-geral realizada pela CBF em março de 2017, que alterou as regras eleitorais internas. Como resultado, Ednaldo Rodrigues foi afastado da presidência da CBF em 7 de dezembro de 2023, após o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro invalidar a eleição que o tornou presidente.
Na decisão proferida nesta quinta-feira, o ministro Gilmar Mendes destacou que o afastamento de Ednaldo poderia prejudicar a seleção brasileira e tirar a equipe nacional do Pré-Olímpico, marcado para acontecer na Venezuela. A Fifa enviou diversos ofícios esclarecendo que não reconhece o interventor apontado pelo TJ-RJ como representante legítimo da CBF, o que inviabiliza qualquer documento oficial assinado exclusivamente pelas autoridades nomeadas pelo tribunal. A ação que resultou na decisão do ministro Gilmar Mendes foi apresentada pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), que busca suspender as decisões judiciais que interfiram na autonomia das entidades esportivas, incluindo a determinação da Justiça do Rio de Janeiro que afastou Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF.
Jovem Pan