O consumo de álcool do brasileiro tem levantado discussões após a divulgação de um levantamento recente. De acordo com dados do Ministério da Saúde, o brasileiro consome, em média, 8 litros de álcool por ano. Esse número supera a média anual recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 6,4 litros por pessoa.
Essa realidade levanta preocupações sobre os impactos na saúde pública, uma vez que o consumo excessivo de álcool está associado a diversos problemas. Câncer, doenças hepáticas, cardiovasculares e mentais estão entre as consequências diretas. Além disso, questões sociais, como violência doméstica e acidentes de trânsito, têm sido correlacionadas ao abuso de álcool.
Nesse contexto, vale destacar que esse limite estabelecido pela OMS é influenciado por diversos fatores. Entre eles, idade, sexo, saúde, genética, estilo de vida e o teor alcoólico da bebida. Por exemplo, a maioria das cervejas tem cerca de 5% de álcool, aproximadamente dois quintos do teor predominante em vinhos e espumantes. Por sua vez, a cachaça, o uísque, a vodca e os destilados em geral têm por volta de oito vezes mais álcool do que a cerveja.
Apesar de haver alguns estudos que sugerem benefícios cardiovasculares com pequenas doses de álcool, a conclusão recente é que não há dose segura. Segundo a OMS, o consumo de álcool causa cerca de 3 milhões de mortes por ano. Homens representam 7,7% das mortes, enquanto mulheres significam 2,6%. Os jovens adultos na faixa dos 20 aos 39 anos enfrentam um impacto ainda maior, com 13,5% das mortes atribuídas ao álcool.
Rede ANC