Os recorrentes problemas nos serviços prestados pela distribuidora de energia elétrica Enel levaram o deputado federal Luiz Gastão a protocolar um requerimento de informação. O documento foi direcionado ao ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira. O parlamentar solicita averiguação pertinente à situação da concessão de energia da multinacional no Ceará.
O deputado se mobilizou após a frequente falta de energia elétrica, que atinge não apenas a capital Fortaleza, mas também diversas outras regiões do Ceará. As interrupções constantes têm acarretado prejuízos significativos, tanto para os cidadãos em suas atividades cotidianas, quanto para o funcionamento de estabelecimentos comerciais e industriais.
Detalhamento
Gastão ressaltou, ainda, a demora na realização de novas ligações de energia elétrica relatadas pelos consumidores. Outro ponto preocupante, segundo o parlamentar, fere o direito dos clientes da Enel: os erros nas contas de luz e os preços abusivos praticados pela concessionária de energia.
“Considerando a importância vital do fornecimento de energia elétrica para o desenvolvimento socioeconômico do estado do Ceará, se torna imperativo que o Ministério das Minas e Energia intervenha de maneira efetiva para garantir a regularidade e a qualidade na prestação desses serviços na região”, destaca o deputado. Após recebido o requerimento, o Ministério das Minas e Energia tem 30 dias para enviar as respostas aos questionamentos.
Punições
A precariedade do serviço prestado aos consumidores não é algo exclusivo à população cearense. Os constantes descasos da Enel por todo o Brasil renderam à distribuidora de energia elétrica uma multa milionária só na semana passada. Devido a constantes irregularidades cometidas em São Paulo e no Rio de Janeiro, a empresa foi multada com o valor de R$278,6 milhões.
O dado em questão não traz perspectivas animadoras para a empresa se for levado em consideração o histórico recente em outras partes do país. No Ceará, por exemplo, a incompetência da distribuidora trouxe uma série de prejuízos. Além de não atender às necessidades básicas dos consumidores, pessoas que precisavam do serviço de energia elétrica para tocar o seu negócio no feriadão tiveram prejuízos econômicos incalculáveis.
Em municípios como Cascavel, moradores relataram a ausência do serviço por cerca de 72 horas. Nas cidades turísticas como Aquiraz, por exemplo, diversos donos de barracas e demais trabalhadores da rede hoteleira relataram a perda de mercadoria e a baixa movimentação de turistas devido à falta de energia elétrica.
Rede ANC