Com o intuito de facilitar o acesso à carne bovina para famílias mais necessitadas, um novo programa foi proposto aos representantes do Governo Lula (PT). Com o nome provisório de “Carne no Prato”, a iniciativa disponibilizaria um voucher de R$ 35 para usuários já cadastrados no Bolsa Família.
Segundo o jornal O Estado de São Paulo, a ideia foi apresentada por um grupo de pecuaristas do Mato Grosso do Sul (MS) ao ministro Paulo Teixeira, titular do Desenvolvimento Agrário, em uma reunião em Brasília.
Os pecuaristas — entre eles, Guilherme Bumlai, filho do empresário condenado na Lava Jato José Carlos Bumlai —, acreditam que o projeto possa ser uma via de mão dupla: trazer um valor que contribua aos beneficiários do Bolsa Família e criar uma demanda que favoreça os criadores de gado.
A proposta passa então a ser movida para análise por representantes da Casa Civil e do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). O acesso à carne vermelha e a possibilidade de fazer um “churrasquinho aos fins de semana” foram uma das pautas bastante citadas durante a campanha eleitoral de Lula em 2022.
Programa “Carne no Prato”: beneficiários
Segundo o site do Governo Federal, em janeiro de 2024, o Bolsa Família estava presente em cerca de 21 milhões de lares, recebendo um repasse médio de R$ 685,61.
Caso a proposta de incluir os R$ 35, que supostamente seria suficiente para as famílias comprarem ao menos 2 quilos de carne por mês, seja aceita pelo Governo, o novo valor ficaria por volta de R$ 720.
Isso significa que o programa “carne no Prato” custaria aos cofres públicos cerca de R$ 8,8 bilhões por ano.
“Recebemos essa proposta de produtores rurais, pecuaristas do Mato Grosso do Sul. Eles achavam que esse tema da carne pudesse ganhar o status de um benefício para dar condição de acesso aos beneficiários do Bolsa Família e promover o acesso dos beneficiários do Bolsa Família à carne”, afirmou o ministro Paulo Teixeira ao jornal O Estado de São Paulo.
O Povo