A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Ceará (Ficco) prendeu na manhã desta sexta-feira (26), em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza, uma mulher de 21 anos, suspeita de ter ajudado os ex-foragidos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, fugiram do presídio no dia 14 de fevereiro. Eles foram recapturados no dia 4 de abril, em Marabá, no Pará, após 50 dias de buscas.
Raíssa Forte de Brito já havia sido presa pela Polícia Federal no dia 21 de fevereiro deste ano, durante as investigações sobre a fuga dos dois detentos. Na ocasião, ela foi encontrada na casa de um homem apontado como chefe de uma facção criminosa e estava de posse de 24 quilos de maconha, uma pistola e munições.
À época, a jovem foi encaminhada ao 4º Núcleo Regional de Custódia e Inquéritos, em Caucaia, sendo solta pelo juiz, que aplicou medidas cautelares.
A Promotoria de Justiça auxiliar do 4º Núcleo de Custódias e Inquéritos de Caucaia ingressou com recurso junto Tribunal de Justiça do Ceará. O órgão reverteu a decisão anterior que havia concedido liberdade provisória e decretou a prisão preventiva da investigada.
Rede de apoio no Ceará
De acordo com as investigações da Ficco, a mulher presa fazia parte de uma rede de apoio, composta por membros de uma facção criminosa, que ajudou os detentos da penitenciária federal enquanto eles ainda estavam fugindo.
Essa rede de apoio era responsável por fornecer esconderijos, armas e suprimentos aos detentos enquanto eles estavam no território cearense.
Também teria dado auxílio a saída deles do Estado usando um barco pesqueiro que partiu da cidade de Icapuí, a 202 km de Fortaleza, em direção a Ilha de Mosqueiro, em Belém, no Pará. O trajeto durou seis dias.
G1