Os três ex-servidores da Câmara Municipal de Beberibe que atuavam como assessores do vereador Paraíba das Redes foram presos nesta quinta-feira (25); o parlamentar, na primeira fase da operação, já chegou a ser afastado do seu mandato por 90 dias no último mês de dezembro
Três ex-servidores da Câmara Municipal de Beberibe foram presos nesta quinta-feira (25), suspeitos de terem participado de um esquema de “rachadinha”, prática que consiste no desvio do salário de um servidor para um parlamentar ou secretários a partir de um acordo. A investigação do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), já em sua segunda fase, apontou a existência de um suposto esquema que estaria sendo organizado pelo vereador Paraíba das Redes (Republicanos), que já chegou a ser suspenso por 90 dias no mês de dezembro, e seu irmão. O OPINIÃO CE não conseguiu localizar o contato do parlamentar nos canais oficiais da Câmara.
Os indivíduos – que não tiveram a identidade divulgada – foram presos após ações da Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE) e do Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc), do MPCE. Os investigados poderão responder por associação criminosa, peculato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Na Operação “Vila Rica”, nome em referência a como a cidade de Beberibe era conhecida durante o período colonial, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão nas residências de quatro ex-servidores da Câmara, uma servidora da Prefeitura e um empresário local, além de um na sede da Prefeitura de Beberibe. Na ocasião, foram apreendidos documentos, aparelhos celulares e computadores, que irão subsidiar as investigações do Gecoc.
Conforme o MP cearense, o desvio dos recursos públicos funcionaria por meio da contratação de assessores parlamentares que, além de não prestarem o seu serviço, repartiriam mensalmente o salário com Paraíba das Redes. Na primeira fase da operação, deflagrada em dezembro de 2023, o MPCE prendeu temporariamente o vereador supostamente envolvido no esquema e seu irmão.
Opniao CE