Recurso permite fazer comparações de material coletado em cenas de crimes e ajuda a esclarecer homicídios de autoria desconhecida
Com 12 mil nomes que constam entre condenados na Justiça Estadual por crimes hediondos, o Banco de Dados de DNA da Perícia Forense do Ceará (Pefoce) já tem cerca de 11 mil registros genéticos incluídos.
Segundo o perito-geral, Júlio Torres, o recurso permite fazer comparações de material coletado em cenas de crimes e ajuda a esclarecer homicídios de autoria desconhecida. “Queremos completar e atualizar esse levantamento”, disse o gestor.
O perito-geral explicou como foi provado que uma das armas usadas na chacina de Viçosa do Ceará, na madrugada do dia 20 de junho, uma quinta-feira, também foi usada num outro homicídio, em Ubajara, cidade vizinha, quatro dias antes.
“O banco de dados é capaz de buscar informações de projéteis retirados de outros corpos. A informação que temos é que uma vítima, no domingo anterior à chacina (dia 16), teve dados coincidentes com os dados dos projéteis nos corpos da chacina”.
Conforme levantamento, nos boletins estatísticos de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) do mês passado, que a vítima foi um homem de 63 anos. “O calibre foi de arma 9 milímetros”, confirmou o perito-geral. Ele não repassou mais detalhes, como apontar em qual das oito vítimas, ou se em mais de uma delas, houve a coincidência do vestígio balístico.
O Povo